sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


FRAGMENTO DE FRIO


Porque cegamos

No dia que sai connosco,

E porque vimos a nossa nuvem

De respiração

Espelhar o ar,

O seu olho abrir-se-á

Para nada que não a palavra

À qual renunciamos: o inverno

Terá sido um lugar de

Crescimento.

Nós que nos tornamos os mortos

De uma outra vida que não esta.


Paul Auster

Tradução de Tiago Nené

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